quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pensar demais, faz a gente desistir.


Ontem, eu conversei com a Sophia. Ela desabafou. Na verdade, quase. Ela não consegue falar dos seus sentimentos, e isso me lembrou muito uma pessoa. Mas, vamos voltar á questão da Sophia. Ela me disse que está se sentindo sozinha, que os mesmos amigos de sempre, estão ignorando-a. Talvez isso seja verdade, ou talvez só uma fase da Sophia, porque aliás, ultimamente ela está em crise existencial. Poderíamos dizer até que seria uma crise emocional. Esse não é o caso. Vamos voltar para o assunto principal: A Sophia tá sentindo falta de coisas antigas, momentos antigos, pessoas antigas... Ela não quer deixar ninguém pra trás, mas quer voltar. É complicado, eu não entendi muito bem o que ela quis me dizer. Só entendi uma coisa: ela quer ser livre. Ter toda a liberdade que antes ela tinha. É complicado, eu já disse. Um grande defeito da Sophia é ser observadora demais. Entender demais. Ou talvez não entender. Não terminamos de conversar ontem, já estava tarde, e ela foi dormir. Eu não queria ficar sozinha, então, fui dormir também. Acordei com dor, dor interior. Acho que pensei demais no que Sophia me disse. "Pensar demais, faz a gente desistir." já dizia o mestre. (21/ABR/2011)

Não sentir é bem mais fácil.

"Querido diário, eu consegui sobreviver por mais um dia." E foi assim que Sophia começou a contar o seu dia. Ela sabia que o seu dia foi maravilhoso, mas havia algo dentro dela que a deixava triste. Havia algo dentro dela que a deixava angustiada, bloqueada e insegura. Havia algo dentro dela que a impedia de continuar. Ela queria continuar, mas doía. Estava doendo naquele momento, e está doendo nesse momento. Ela estava machucada, e ainda está. Ela acha que esse sentimento nunca vai passar, e ela quer que passe. Ela quer voltar a sorrir como antes sem desconfiar de tudo. Sophia sabia que a culpa não havia sido dele, mas ela se sentia culpada, mal com ela mesma. Mas ao mesmo tempo, ela se pegava ás vezes colocando a culpa nele. Sophia está meio confusa com tudo o que anda acontecendo. Ela me conta umas coisas muito absurdas, e eu sei que ela só quer o melhor. Pra ela e pra ele. Ela quer desistir, mas também não quer. Ela cansou de se sentir mal, porque não sentir é bem mais fácil. (24/ABR/2011)

terça-feira, 24 de julho de 2012

A gente morre sozinho.


Faz um tempinho que não escrevo, nem lembro mais como fazia. Mas eu gostava bastante dos meus textos. Esses dias, encontrei um blog antigo, e achei que eu deveria começar novamente com essa prática. Além de que, eu me sinto muito melhor escrevendo, porque é onde solto diretamente ou indiretamente o que estou sentindo. Acho que isso realmente funciona quando estou me sentindo mal.

Explicando o título do post, é uma música da Fresno. E acho que se encaixa perfeitamente no momento. Se olharmos bem a letra da música, parece que está falando sobre o futuro. Que se as coisas continuarem desse jeito, vai dar tudo errado. Porque se formos ver, a gente fica aqui sentado, esperando um Deus vir e salvar todo mundo. Acho que seria interessante todo mundo fazer alguma coisa, e não ficar só esperando. Essa música vai mais longe do que a coisa de "no que acreditar, porque acreditar". Em nenhum momento a música fala sobre ser contra Deus, mas sim, o nosso pouco caso com o questionamento que estamos fazendo sobre o que nos é imposto. Nos apegamos a tudo que é de mentira, como se fosse realmente importante para nossas vidas.

Bom, ficamos aqui sentados esperando alguma coisa acontecer, sim! Acho que nós nos entregamos pouco ás pessoas. Não nos esforçamos. Garanto que você se você começar a contar, quantas vezes você deveria ter ido atrás de certa pessoa - não só namorado, como amigos e até família também - para conversar, sair, tentar manter contato, e não foi, você perderá as contas. Eu perco as contas. Nunca vou atrás das pessoas, sempre espero elas virem. Acho isso errado, mas pratico constantemente. E ainda fico chateada quando elas não chegam até mim. É isso que eu quero que entendam com o título "a gente morre sozinho". Porque estamos sozinhos mesmos. De alma. Se é que me entendem.

"E é de mentira essa canção, um coração não se faz com a mão".

"Voltem pras suas casas, ninguém vai nos salvar. Voltem pras suas vidas, se é que há algo lá. Acredite em mim, acredite em você, vai chegar o fim e ninguém vai te proteger".

Hoje, eu realmente refleti. E entendi. Entendi.